UMA PROVA DE AMOR (2009)

 

 

INTEGRANTES: 

• Gustavo Vinicius Benatto Acioly 

• Maria Laura de Souza Pereira 

• Nájua Kêmil El Kadri 

• Tamires Daiane Hansen 

FICHA TÉCNICA 

Direção: Nick Cassavetes 

Roteiro: Jeremy Leven, Nick Cassavetes 

Elenco: Abigail Breslin, Sofia Vassilieva, Cameron Diaz 

Título original: My Sister's Keeper 

Uma prova de Amor, é um filme sobre uma família que descobre que a filha mais velha tem câncer, e por isso, opta em ter outro filho geneticamente compatível para salvá-la. A princípio, o objetivo era somente que a filha mais nova, fruto de uma fertilização in vitro doasse sangue do cordão umbilical, mas a realidade foi que a criança passou toda a infância envolvida em procedimentos médicos. Com isso, chegamos a discussão: é justo gerar um filho com uma responsabilidade dessas? De salvar o outro? De nascer sem escolhas? Mas também devemos refletir: É correto deixar uma criança morrer mesmo com uma solução? A dinâmica estabelecida no filme é complexa, pois as condições não são satisfatórias para todos os integrantes da família. 

O ápice do filme se inicia quando Anna, cansada de todos os procedimentos médicos, efeitos colaterais e uma possível vida limitada ao ter que doar um rim, entra na justiça exigindo uma emancipação médica. A criança alega não querer ser forçada pelos pais a doar um rim para sua irmã. Com isso, Anna é resguardada em lei, tendo direitos sobre seu próprio corpo, o que coloca a mãe em completo desespero ao ver uma filha morrendo aos poucos, mesmo com uma doadora perfeita dentro da própria casa. 

Com isso, temos a matriarca da família: Sara. A mãe passa a se dedicar e depositar toda a sua atenção e disposição em Kate, enquanto as pessoas a sua volta estão sendo negligenciados. A postura de Sara no decorrer da trama trás em vista que ela é capaz de tudo para salvar sua filha, e põe em vista, também, sua moral e suas escolhas, que influenciam a situação.  

Ela abre mão do princípio ético de não malefício a sua segunda filha, e não respeitando a escolha de morte com dignidade da filha primogênita, que no decorrer do filme, é esclarecido que a vontade de morrer parte dela, e a irmã mais nova atende seu pedido. Mesmo a pedido da irmã, a mãe resiste e insiste na doação, o que nos leva para os questionamentos feitos no início da análise. Seria certo com a filha mais nova, Anna, a obrigação de doação de medula à sua irmã? Seria justo a geração de um ser, para o suprimento da vida de outro, mesmo em caso de vida e morte? Qual seria a atitude mais ética, quando duas vidas então em jogo, uma feita para a outra? Na trama, há medidas que não se pode errar, a final, não vidas em discussão, uma que luta pra viver bem e com saúde, e um que busca a calma de uma morte digna, envolvida com quem a ama.  

O filme trás uma temática complexa, e até mesmo intima de cada personagem na história, põe em vista seus dilemas e expõe claramente todos ali. Mas a trama também nos inspira a viver, da forma mais bela, da forma mais intensa e enfrentar com leveza todas as adversidades, afinal, não sabemos quando será nosso último dia.