ANÁLISE DO FILME
“UMA PROVA DE AMOR”
Ano: 2009
Produtor: Nick
Casavettes
Adaptação do
livro de Jodi Picoult
Resumo: Este
filme está baseado no livro de Jodi Picoult, que tem o mesmo nome, e narra a
história da Anna, uma pequena menina que foi concebida através da fertilização in
vitro com a única finalidade de ajudar a sua irmã Kate, quem sofre de câncer. Também
a história nos mostra como a Sara, a mãe das meninas, faz de tudo para salvar a
vida de sua filha doente, e é aqui onde as questões éticas e morais começam a
serem questionadas. Porém, o que mais surpresa causa na história, é a repentina
demanda que Anna colocou contra sua mãe, onde ela estava exigindo a emancipação
de seu corpo para já não ser obrigada a passar mais processos cirúrgicos dolorosos.
A história vai se desenvolvendo e ao final é revelado que a pessoa que
solicitou para a Anna colocar a demanda contra a Sara foi Kate desde um
princípio.
Comecemos com a
análise. Ao momento que a doença da Kate começou, a Sara se propor a se mesma
que faria de tudo para salvar a vida de sua filha, empeçando assim o processo. O
doutor vendo a situação da Kate, propõe para Sara ter um filho mais que com a ajuda
da ciência, seria geneticamente perfeito para ser compatível com Kate e assim ser
um doador para ela. Poderia essa recomendação ser considerada ética? O pai se
questiona se essa decisão deveria ser tomada, entra num dilema ético de justiça
versus compaixão, pois não era justo trazer uma criança com a única finalidade
de ser doador de sangue e proximamente órgãos e as diversas coisas que sua filha
doente necessite. Ao mesmo tempo, tampouco era justo deixar morrer a Kate, quem
não escolheu ter câncer, e que há uma solução para salvá-la. A solução que fizer
o pai aceitar a decisão de ter a filha doadora foi o cuidado por apreciar a
vida de sua filha quem estava sofrendo. O valor em questão seria o de
afetividade, por se tratar de sua primeira filha e a necessidade satisfeita seria
a de afeto.
Outro dilema acontece
também quando a Anna vai para o advogado e contar para ele sua história de
concebimento e que ele deveria ajudar ela porque necessitava da ajuda de verdade.
O advogado deveria escolher ajudar o não, entre o certo e não certo. O dilema
seria o de justiça x compaixão também, sendo bem parecido o dilema que enfrentou
o pai.
Um terceiro
dilema seria o de Anna, sobre cumprir a petição da Kate e em silencio, como
prometeu, o dizer que ela não foi a pessoa que teve a ideia de colocar a
demanda, entra em esse dilema de verdade versus lealdade, onde ela aceita ser
leal a Kate, incluso aguentando a moléstia de sua mãe, pois a Sara pensava que Anna
estava sendo egoísta com sua irmã por não querer doar um rim para ela. A Anna
decidiu ser leal e respeitar a decisão de Kate. A solução ética seria o de
cuidado por respeitar a decisão de sua irmã, o valor em questão seria o de
afetividade/sobrevivência e a necessidade satisfeita seria o de afeto e fisiológica.
Outro dilema seria
a que enfrentou o irmão das meninas, o Jesse. Ele também sabia do pedido da
Kate para a Anna, e também decidiu respeitar a decisão de sua irmã. Porém, ao
momento da corte ele entrou num dilema de lealdade versus verdade também, pois
ao ver a sua mãe sendo dura e crítica com sua irmã mais pequena no que se
refere à emancipação médica para já não ser sujeita às doações forçadas, ele sentiu
desesperação pois sabia que não era verdade nem justo o que a Sara falava, a Anna
só estava cumprindo a promessa que fez para a Kate. A solução que ele tomou foi
o dever de dizer a verdade em plena corte, o valor em questão seria o de justiça
social/honestidade e a condição satisfeita seria a de justiça, esse sentimento
de ter feito as coisas do jeito que teve que ser feito.
Outro dilema que
eu quiser ressaltar foi a de o pai, ao momento em que a Kate falou que queria ir
para a praia. O pai sabia que poderia ser fatal para sua filha, mas o doutor
permitiu a saída, pois acreditava que seria uma coisa boa para a Kate, o pai
provavelmente tem esse dilema de indivíduo x comunidade. A Sara estaria bem
molesta por expor a Kate a esse risco, mas seus filhos, os doutores e
especialmente a Kate seriam felizes demais. A solução foi o de utilitarismo,
pois ele priorizou a felicidade das pessoas que amava mais, seus filhos. O valor
em questão foi o de afeto e provavelmente também beleza, pois a praia é a
natureza que fazia que eles serem felizes nesse momento. A necessidade
satisfeita foi o de afeto. Ao final, a Sara esteve bem molesta, mas ela também
decidiu o correto e foi para a praia e desfrutar do momento com sua família.
Definitivamente o
filme tem muitas coisas para ensinar, é totalmente recomendado para ver e
reconhecer os diversos dilemas que os principais personagens tiveram que passar
ao longe da história.
Participante:
Yardlet Asto
Olivares
Marcely Hernandez
Gustavo Campoi
Karol de Rodríguez
Análise publicada
em 05 de maio de 2021 e editada o 02 de junho de 2021.
Muito bem, Yardlet! Agora temos uma análise completa!
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